quarta-feira, 8 de junho de 2016
Gramática. VÍRGULA
A vírgula no interior das orações é utilizada nas seguintes situações:
Separar o vocativo: Exs.: Maria, traga-me uma xícara de café. A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
Separar alguns apostos. Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
Separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado. Exs.: Chegando de viagem, procurarei por você. As pessoas, muitas vezes, são falsas.
Separar elementos de uma enumeração. Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestres-de-obras.
Isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
Separar conjunções intercaladas. Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
Separar o complemento pleonástico antecipado. Ex.: A mim, nada me importa. No complemento pleonástico antecipado, há uma repetição de ideias. Observe que há uma redundância no que foi dito; quando isso ocorre, o complemento é isolado por vírgula. Ex.: Estas histórias, não as reconheço como as melhores de Clarisse.
Isolar o nome de lugar na indicação de datas. Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
Separar termos coordenados assindéticos: ou seja, separar termos que exercem a mesma função sintática na oração, caso não estejam ligados por conjunção. Ex.: “Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua...” (Caetano Veloso).
Marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo). Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir).
Gramática. VÍRGULA
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los por meio de vírgula. Vamos conhecer alguns desses casos?
Não se separam por vírgula:
Predicado de sujeito: Ex.: José, comprou um presente para seu pai. (errado) José comprou um presente para seu pai. (correto).
Objeto de verbo. Ex.: Ela disse, que ligaria ontem. (errado) Ela disse que ligaria ontem. (correto).
Adjunto adnominal de nome. Ex.: Nosso velho, mestre sempre nos voltava à mente. (errado) Nosso velho mestre sempre nos voltava à mente. (correto).
Complemento nominal de nome. Ex.: A vitória, de um é a conquista de todos. (errado) A vitória de um é a conquista de todos (correto).
Predicativo do objeto do objeto. Ex.: Os policiais pediram calma, absoluta. (errado) Os policiais pediram calma absoluta. (correto).
Oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). Ex.: Interessa-me, que você compareça. (errado) Interessa-me que você compareça. (correto).
Gramática. PONTUAÇÃO
Ponto ( . ) O ponto é usado nas seguintes situações:
indicar o final de uma frase declarativa: Essas frases podem ser afirmativas ou negativas;
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
separar períodos entre si; Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
nas abreviaturas. Ex.: Av.; V. Ex.ª
Dois pontos ( : ) O dois-pontos é usado nas seguintes situações:
Iniciar a fala dos personagens: Ex.: Então o padre respondeu: – Parta agora.
Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüência de palavras que explicam e/ou resumem idéias anteriores: Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
Antes de citação: Ex.: Como já dizia Vinícius de Moraes: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
Reticências ( ... ) As reticências são usadas nas seguintes situações:
Indicar dúvidas ou hesitação do falante. Ex.: Sabe...eu queria te dizer que...esquece.
Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta: Ex.: – Alô! João está? – Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
Ao fim de uma frase gramaticalmente completa: têm a intenção de sugerir prolongamento de ideia. Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...” ("Cecília", José de Alencar).
Indicar supressão de palavra(s) numa frase transcrita. Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade” ("Canteiros", Raimundo Fagner).
Parênteses ( ) Os parênteses são usados na seguinte situação:
Isolar palavras, frases intercaladas e datas de caráter explicativo : Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreram inúmeras perdas humanas.
Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. Importante: Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. Ex.: Chovia (calmamente) enquanto os pássaros se escondiam nas copas das árvores naquela tarde.
Ponto de exclamação ( ! ) O ponto de exclamação é usado nas seguintes situações:
Após vocativo: Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Sra, Humberto de Campos)
Após imperativo: Ex.: Cale-se!
Após interjeição. Ex.: Ufa! Ai!
Após palavras ou frases que denotem caráter emocional: Ex.: Que pena!
Gramática. SINAIS PARA PAUSAS INCONCLUSAS
Os sinais pertencentes a esse grupo são usados dentro das estruturas das frases que ainda não concluíram uma ideia. A escolha do sinal adequado depende do que se quer expressar com a utilização dele.
Nesse grupo, temos os seguintes sinais:
O dois-pontos (:): usado quando a frase, ou o membro oracional seguinte, explica ou desenvolve o que foi dito antes. Exs.: E a felicidade resume-se a isto: criarem-se hábitos. Estavam presentes: o pai, a mãe, o sobrinho e todos os outros membros das duas famílias.
Os parênteses ( ): usados quando no meio de uma dada frase se intercala outra frase com uma estrutura diferente. Ex.: Na semana passada (parece que foi há anos) eu encontrei com Sr. Vivaldo pela última vez.
As aspas (“ ”): usadas para abrir e fechar a transcrição de palavras ou frases que foram ditas por outra pessoa. Ex.: “A esperança vencerá o medo”, disse, emocionado, o presidente.
O travessão (–): que pode ser usado nas seguintes situações:
simples, para substituir o dois-pontos diante de um elemento da oração. Ex.: Ela queria de qualquer jeito o divórcio – ele acabou cedendo.
duplo, para substituir os parênteses. Ex.: A noiva cumprimentou – com muita má vontade – os convidados após o casamento.
simples, combinado com as aspas (ou não), para as mudanças de interlocutor na transcrição de um diálogo. Exs.: – Eu gostaria que você me dissesse alguma coisa. – Alguma coisa?
Reticências (...): usado numa citação escrita para indicar parte suprimida. Ex.: “Comecei a recolher os materiais necessários (...) e a tomar notas de toda parte e de tudo” (Machado de Assis).
Administração. BALANCED SCORECARD
Imagine dirigir um veículo e só ter à disposição o velocímetro. Você consegue ver qual a velocidade que está dirigindo, mas não sabe se seu tanque está cheio, quantos quilômetros já rodou, ou se a água do radiador está dentro dos limites ou não. Desta forma, terá uma grande chance de não chegar ao seu destino, não é mesmo? Portanto, você precisa ter a sua disposição, em seu veículo, uma série de indicadores que te possibilitem entender como seu carro está se comportando. O mesmo ocorre com as organizações.
Até pouco tempo atrás, os únicos indicadores utilizados eram os financeiros. Desta forma, os gestores mediam a situação de uma organização de acordo com um só ponto de vista: sua capacidade financeira. Entretanto, indicadores como o retorno sobre o investimento, liquidez e margem líquida sobre vendas são importantes, mas só contam um “lado da estória”.
Muito mais que dados financeiros: De acordo com Kaplan e Norton, para que as organizações modernas possam “navegar” em um futuro mais competitivo, de tecnologia avançada e com pessoas cada vez mais capacitadas, será necessário mais do que apenas monitorar dados financeiros do desempenho passado. Para os autores, os indicadores financeiros contam os fatos passados, mas são inadequados para avaliar o desempenho de empresas que buscam criar valor através no investimento em clientes, fornecedores, empregados, processos, tecnologia e inovação. Um dos principais problemas é que os dados contábeis e financeiros só captam os ativos tangíveis da organização, ou seja, seus ativos físicos (imóveis, bens, dinheiro, etc.). Os ativos intangíveis – valor da marca, percepção de qualidade dos produtos, capacidade dos funcionários, capacidade de inovação - normalmente não são contabilizados.
O modelo: Desta forma, Kaplan e Norton construíram um modelo que complementa os dados financeiros do passado com indicadores que buscam medir os fatores que levarão a empresa a ter sucesso no futuro.
Neste contexto, as perspectivas podem ser descritas assim:
Perspectiva financeira: analisa o negócio do ponto de vista financeiro. Relaciona-se normalmente com indicadores de lucratividade, como receita líquida, margem líquida, retorno sobre o investimento, entre outros. Indica se a estratégia da empresa está se traduzindo em resultados financeiros;
Perspectiva dos clientes: neste ponto de vista, busca-se identificar os segmentos (de clientes e de mercados) em que a empresa atuará e as medidas de desempenho que serão aceitas. Geralmente envolve indicadores como: satisfação dos clientes, retenção de clientes, lucro por cliente e participação de mercado. Esta perspectiva possibilita ao gestor as estratégias de mercado que possibilitarão atingir resultados superiores no futuro;
Perspectiva de processos internos: identifica os processos críticos que a empresa deve focar para ter sucesso. Ou seja, mapeia os processos que causam o maior impacto na satisfação dos consumidores e na obtenção dos objetivos financeiros da organização. Devem ser melhorados os processos existentes e desenvolvidos os que serão importantes no futuro;
Perspectiva do aprendizado e do crescimento: identifica as medidas que a empresa deve tomar para se capacitar para os desafios futuros. As principais variáveis são as pessoas, os sistemas e os procedimentos organizacionais. Desta forma, as empresas devem treinar e desenvolver seu pessoal, desenvolver sistemas melhores e procedimentos que alinhem os incentivos aos objetivos corretos.
Administração. CONTROLE E AVALIAÇÃO
Para que possamos saber se estamos ou não atingindo nossos objetivos, precisamos de um sistema de controle eficaz. Sem controle, estamos trabalhando “às cegas”, ou seja, sem saber como está o nosso desempenho.
Um bom sistema de controle lhe proporcionará entender como sua empresa está funcionando para que você possa tomar as decisões necessárias para que ela atinja seus objetivos. O processo de controle é formado por quatro etapas:
Estabelecimento dos padrões: definição dos objetivos da atividade, ou seja, o desempenho esperado. Sem definir quais são as expectativas da empresa para determinada atividade, seria impossível controlá-la;
Monitoramento do desempenho: acompanhamento dos resultados decorrentes das atividades. Basicamente é um trabalho de coleta de informações. Nesta fase, iremos determinar o quê vai ser medido, como iremos medir (fontes de informação) e quando iremos medir e com que frequência;
Comparação do resultado com o padrão: análise dos resultados reais em comparação com o objetivo previamente estabelecido. Quase todas as atividades, naturalmente, terão algum tipo de desvio (sejam desvios positivos ou negativos). Entretanto, uma avaliação dos motivos que levaram ao desvio também é importante;
Medidas corretivas: neste momento, devemos tomar as decisões que levem a organização a atingir os resultados desejados, se estes não tiverem sido alcançados. Desta forma, podem acontecer três coisas: não mudar nada, buscar corrigir o desempenho ou alterar os padrões de desempenho (se tiverem sido mal definidos).
terça-feira, 7 de junho de 2016
Administração. ELEMENTOS DA CULTURA
Artefatos Verbais:
Estórias: narrativas que explicam a origem da organização, sua importância no contexto econômico e social. São contadas aos novos funcionários para manter vivos os valores da organização, assim como para ajudar a compreender sua natureza e seus propósitos;
Tabús: Proibições diversas que buscam moldar o comportamento, ou seja, indicar a maneira aceitável de se comportar dentro do ambiente da empresa;
Heróis: São pessoas influentes dentro da vida organizacional. Desta forma, estas pessoas são utilizadas como exemplo a ser emulado pelos novos integrantes;
Mitos: São contos fictícios que ajudam a moldar a cultura da organização. Como exemplos, teríamos a “imagem da grande família”, bastante comum nas empresas brasileiras, que busca reforçar os valores da organização;
Artefatos Comportamentais:
Ritos, Rituais e Cerimônias: Referem-se às atividades repetidas que expressam e reforçam os valores-chave da organização. Os rituais de socialização correspondem às estratégias de integração do indivíduo na organização, tornando possível a transmissão de valores e comportamentos para novos membros. Os programas de treinamento e integração de novos funcionários são exemplos de atividades que desempenham este papel.
Artefatos Físicos:
Símbolos: Podem ser objetos, ações ou eventos que transmitem significados aos membros da organização. Desta maneira, a forma como as pessoas se vestem, o tipo de carro que os administradores usam, o layout dos escritórios são alguns dos símbolos organizacionais.
Normas: Toda organização tem suas normas e manuais de conduta e de procedimentos, que delimitam toda a cultura da empresa.
Administração. NÍVEIS DE CULTURA
A classificação mais conhecida dos níveis da cultura é a de Schein. De acordo com ele a cultura existe em três níveis:
Artefatos: É o primeiro nível, o mais superficial. Basicamente é tudo o que percebemos assim que temos contato com uma organização. Dentro deste nível temos os produtos, padrões comportamentais, o vestuário, o espaço físico, os símbolos, os logotipos, a linguagem, etc.
Valores: Relacionados com a crença no que é certo ou errado dentro da organização. Existe em um nível consciente e são utilizados para explicar e justificar o comportamento dos integrantes. Podem ser percebidos nas histórias, lendas, na linguagem e nos símbolos.
Pressupostos Básicos: São as verdades inquestionáveis. Valores tão arraigados que nem mais são explicitados. São as fontes originais dos valores. É o nível mais profundo e difícil de ser mudado. Como os valores, podem ser percebidos nas histórias, lendas, na linguagem e nos símbolos.
Administração. BARREIRAS Á COMUNICAÇÃO
As barreiras à comunicação (o ruído) são as causadoras das distorções que impedem que uma comunicação seja efetiva. As mais importantes barreiras são:
Filtragem: manipulação da mensagem pela pessoa que envia (fonte), para que seja vista favoravelmente pelo recebedor. Acontece quando um subordinado não quer dar uma má notícia ao chefe ou que “dizer” ao chefe o que ele quer ouvir. Normalmente ocorre quando a fonte e o destinatário estão em níveis hierárquicos diferentes;
Percepção seletiva: as pessoas que recebem a mensagem interpretam as mesmas baseadas em suas necessidades, experiências, motivações e outras características pessoais. Desta forma, se um entrevistador de recrutamento tem um preconceito em relação a estrangeiros, por exemplo, tenderá a interpretar negativamente qualquer mensagem que um angolano venha a dizer.
Excesso de informação: todos temos uma capacidade finita de processar informação. Quando esta capacidade é superada, tendemos a esquecer informações, postergar a comunicação ou ação necessária. Assim, o resultado é perda de informação e uma comunicação com ruído;
Emoções: as emoções que a pessoa que recebe a mensagem está sentindo irão influenciar o modo que ela interpretará a mensagem. Se estivermos felizes tenderemos a ver a mensagem como positiva. Já se estamos depressivos tendemos a ver as coisas de modo negativo, não é mesmo? Desta forma, deixamos de analisar a mensagem objetivamente e usamos nossas emoções, distorcendo o sentido;
Linguagem: A idade, o nível educacional e a cultura de uma pessoa influenciam como ela usa a linguagem. As palavras não significam a mesma coisa para todo mundo. Quando vamos a um médico e ele usa termos técnicos para nos explicar que doença temos, podemos não entender a mensagem, não é mesmo? O mesmo pode ocorrer quando necessitamos do serviço de um advogado. As pessoas que enviam as mensagens costumam imaginar que todo mundo compreende da mesma forma a sua linguagem, mas isso não é necessariamente verdade.
Apreensão ou ansiosidade: Muitas pessoas sofrem de uma extrema dificuldade de se comunicar. Podem ter dificuldade para falar, escrever, ou as duas coisas. Isto pode ocorrer por: timidez, dificuldade na fala, fobias, etc. Desta forma, tenderão a buscar reduzir ao máximo a sua interação com outras pessoas. Pessoas que não gostam de falar em público ou conversar cara‐a‐cara tenderão a utilizar cartas ou e‐mails quando uma conversa seria o mais indicado.
OBS: Para memorizar lembre de dois pontos:
As questões relacionadas à informação: falta de informação (filtragem), a forma como é passada a informação (linguagem) e excesso de informação.
As questões relacionadas à emoção: comunicação prejudicada pela emoção de quem fala (apreensão ou ansiosidade), comunicação prejudicada pelas emoções da pessoa que recebe a mensagem (emoções e percepção seletiva).
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